Meta mudou política na última sexta (11) para permitir mensagens que defendam violência contra russos no contexto da guerra da Ucrânia. Rússia chamou a companhia de ‘extremista’ e bloqueou o Instagram; plataforma tem 80 milhões de usuários no país, segundo diretor do app.
Após a Rússia restringir o acesso das principais redes sociais controladas pela gigante americana Meta, como o Instagram e Facebook, o número de usuários por uma rede privada virtual (VPN) – que criptografa dados e oculta onde o usuário está localizado – cresceu no país, conforme apontou a empresa de monitoramento Top10VPN à Reuters.
Na véspera da proibição do Instagram, iniciada nesta segunda-feira (14), a demanda por VPNs aumentou 2,088% acima da média diária registrada em meados de fevereiro.
A restrição ao aplicativo foi resposta à mudança de política para discurso de ódio da Meta, anunciada na sexta-feira (11), que passou a permitir temporariamente que usuários das redes sociais em alguns países defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia.
Russos, então, acusaram a Meta de ser “extremista” e veicular mensagens que pediam o assassinato do presidente russo Vladimir Putin ou do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
Nesta segunda, a empresa mudou essa posição, vetando postagens que defendam a morte de chefes de Estado, nas páginas da Ucrânia.